terça-feira, 28 de maio de 2013

A história de um nobre


Em 28 de maio de 1963, morreu Fernando.

Fernando


Esse nobre vagabundo, vivia nos bares e concertos, onde se encontrava com artistas, intelectuais e políticos. Era de todos e de ninguém, um livre. De aguçado ouvido e rígida crítica, Fernando era taxativo: se gostava da música, balançava o rabo e acompanhava a canção com latidos, do contrário, logo rosnava. Os relatos publicados sobre os espetáculos contavam com a opinião de Fernando. Certa vez, Fernando foi capturado pela carrocinha, sendo libertado por uma rebelião popular. Se durante o natal, Fernando aparecesse em uma casa era sinal de boa sorte.

Estátua de Fernando


Quando Fernando morreu, uma multidão acompanhou seu funeral pela cidade, ao som da banda municipal. Sua lápide diz: “A Fernando, un perrito blanco que, errando por las calles de la ciudad, despertó en infinidad de corazones un hermoso sentimiento.” Hoje em Resistência, no Chaco argnentino, existem três estátuas de Fernando e um dos acessos da cidade saúda:
”Bienvenido a Resistencia, ciudad de Fernando.”





domingo, 26 de maio de 2013

Borussia X Bayern

Muitos "acusam" o futebol de ser um instrumento alienante da sociedade. Preconceito puro. Marx define a alienação como o não-reconhecimento do homem no fruto do próprio do trabalho: ao invés de libertar, o trabalho escraviza; ao invés de humaniza-lo, coisifica-o. 

    A mais pura revolução dos trabalhadores em favor da emancipação do homem

O futebol , como a arte, humaniza o homem. Que o diga as lágrimas do torcedor e o olhar furioso, indignado e melancólico da torcedora. Enquanto você grita gol, você se liberta. Quando perde também.


Luto e Melancolia em Dortumond

 

 

terça-feira, 14 de maio de 2013

abole

Quem não quer
Se amigo do rei
Tem tudo com nada
Só ter uma falsa risada
Pra o inimigo a lei

O haiti é ali
Não estou quase lá
Um para mim
A rua não há
A ilha é aqui

O Sol do destino
Há muito escrito
Não brilhou no menino
Sobrou o não-dito
Ficou o não visto

Perdida a coragem
Tudo sabe a sabotagem
Zumbi não foi morto-vivo
(Virá que eu vi)
É vivo
Que se recusa a morrer

Da Origem a Origem

Ensina a Bíblia
Por palavra e principio
O Pecado é a dívida
A dívida é o pecado
É cara o combinado

Se há uma conta
Alguém tem que quitar
O escravo que afronta
Sabe aonde vai parar

Ao dever, deve o devedor
Cobra a cobrança do cobrador:
”Também deves temer
Pois sempre terás o dever ,
O dever de cobrar”

O inferno não pode esperar
O céu não pode vingar
A criação de novas dividas
A invenção de novos pecados
Deve ser muito bem dividida
Por toda família

Mas pela palavra vem a boa
Se há culpa não sobra pessoa:
A poesia é a aliança
Contra a herança da vingança
Palavra que dança
Alcança a esperança