De Osugi Sakae
" Ao passarmos diante do portão principal da região de Yoshiwara, nos
deparamos com a movimentação de uma multidão. Um homem, que parecia ser
um trabalhador, havia bebido demais e disseram que havia quebrado uma
janela de vidro de um bar. Alguém estava exigindo que a patrulha do
bairro ou a polícia levassem e o prendessem até que ele pagasse pelo
estrago. O homem, que parecia arrasado, gaguejava, tentado
desesperadamente pedir desculpas.
Vendo isso, eu intervim. Levei o homem alguns passos para o lado, ouvi
suas explicações e depois dirigi-me aos outros que estavam ali reunidos.
'Este homem não tem um centavo com ele no momento. Eu pagarei pelo
prejuízo. E isso deve encerrar o assunto. Não é nada bom sair chamando a
polícia toda vez que algo acontece. Sempre que possível não deveríamos
chamar as autoridades. A maior parte das questões pode ser resolvida
desta forma pelas pessoas que estão no local.'
As pessoas do bar
concordaram com aquilo. A patrulha do bairro também concordou. Os
curiosos também. A única pessoa que não havia concordado era o policial.
Ele ficou me olhando fixamente com uma expressão de desagrado e começou
a desafiar:
- O que o cavalheiro está falando é socialismo não é?"
(...)
"Eu
gosto do espírito. Seja como for, geralmente detesto quando o espírito é
transformado em teoria. Detesto porque nessa passagem para a teoria,
ele frequentemente se torna servil, um colaborador em harmonia com a
realidade social presente. Por isso é uma fraude...
Eu
odeio o que os cientistas políticos e filósofos do direito chamam
democracia e humanismo. Fico doentes só de ouvi-los. Eu odeio o
socialismo também. E, pela mesma razão, eu odeio um pouco o anarquismo. O
que eu mais gosto é a ação cega da humanidade: a explosão do espírito"
(...)
"Eu
gosto do espírito. Seja como for, geralmente detesto quando o espírito é
transformado em teoria. Detesto porque nessa passagem para a teoria,
ele frequentemente se torna servil, um colaborador em harmonia com a
realidade social presente. Por isso é uma fraude...
Eu
odeio o que os cientistas políticos e filósofos do direito chamam
democracia e humanismo. Fico doentes só de ouvi-los. Eu odeio o
socialismo também. E, pela mesma razão, eu odeio um pouco o anarquismo. O
que eu mais gosto é a ação cega da humanidade: a explosão do espírito"